terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Palermo Calmo

Palermo a mi ha sonido calmo.
Nada es lejos, nada es lleno.


Caballos en carreras de suerte
Con personas que apostan en los fuertes.


Los gatos suenan tan viejos
Como los hombres mayores
y nobles señoras de cantos tan raros
que recuerdan paisajes tan lejas
que planean viajes deshechas.


Palermo anoche me parece claro
Me calienta el pecho
Me he hecho cosas más altas

Y bajar
- sin pensar –
desde el piso al techo.


 Daniel
20.01.2011




HIPÓDROMO







JARDIM JAPONÉS EM DIA DE CHUVA







PARQUE 3 DE FEBRERO









quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Tigre y San Isidro

O Tigre é uma cidade que fica às margens do rio e  bem pertinho de Buenos Aires (acho que mais ou menos 1 hora de trem).

Fomos sábado. Pegamos o trem da Estacao Retiro direto ao Tigre. Cidadezinha bonitinha, com muitas casas aparentemente caras. Acredito que alguns porteños mais abonados devem passar as férias lá, em suas casas de veraneio.

É muito turística também. Tem muitos restaurantes e comércios por todos os lados, lojas de móveis, de antiguidades, de suvenirs, de roupas... barraquinhas de artesanato, de bibelôs.

Têm também um parque de diversoes que Daniel e eu passamos só pela porta (nao tenho mais organismo para brinquedos radicais, como montanha-russa). É o Parque de La Costa. Pra quem gosta, parece ser um parque bem completo.

As frutas, verduras e legumes sao vendidas às margens do rio, nos próprios barcos (pena que no horário em que chegamos, nós nao vimos) . Lá têm muitas embarcacoes, tanto de passeios turísticos, quanto barcos de carga e de mercadorias.

Legal...o problema foi que o calor estava absurdo! Um negócio incômodo mesmo. Daniel andava com a camisa levantada, com a barriga de fora, parecendo aquele povo do interior quando acaba de almocar. Morri de rir!

Como minha labirintite já havia comprovado outras vezes que passeio de barco nao é muito o meu forte, evitei. Passeamos, almocamos, tomamos uma cerveja, vimos as lojinhas, o artesanato, tomamos um sorvete...entao Daniel foi comprar uma água em um quiosque e a vendedora perguntou educadamente:

 - ¿ Quieres un sorvete?
E Daniel, educadamente respondeu: -

No, gracias acabei de tomar.
KKKKKKKKKKK...sorvete aqui é canudo!

Isso realmente foi o ponto alto da viagem. Eu ri muito!

Voltamos de trem de la Costa, que faz uma rota diferente do trem que tomamos na ida. É um pouco mais confortável, tem ar condicionado que funciona bem. Em termos de visual, vale a pena pegar os dois trens. o normal, saindo da estacao retiro, e o Trem de la costa, que voce pode parar em qualquer estacao e depois pegar o trem de novo com a mesma passagem.

Estavamos exaustos por causa do calor insuportável e só paramos em San Isidro, que também é uma bela cidadezinha. Agradável, tem um shopping, uma feirinha, uma belíssma Catedral, belas casas....e só. Vimos um batizado na igreja (nao todo, só um pedacinho) e partimos de novo. Paramos na estacao final do trem de La Costa, que é a estacao Maipú. Pegamos outro trem para a estacao Retiro, depois um metrô para casa e nao aguentávamos mais ver trem pela frente.

Pergunta: Vale a pena? Vale, mas só se vc for passar um tempo razoável em Buenos Aires como uma semana inteira, por exemplo, se for passar menos tempo, nao recomendo, tem muita coisa linda em buenos Aires pra se ver.

Pra gente valeu a pena, pois a gente pôde conhecer os arredores de Buenos Aires, ver lindas casas e conhecer melhoro estilo de vida dos argentinos fora da capital.

                                                Tigre






                                                Carrossel na praca - Tigre


                                                Trem de La Costa
                                                         San Isidro


                                              Propaganda na estacao de trem em San Isidro

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Recoleta

Bom...como temos feito tanta coisa bacana aqui, às vezes nao dá tempo de atualizar o blog e as informacoes vao ficando até mesmo um pouco distantes da data em que postamos, mas o importante é que quando dá, a gente vem aqui.

Certo dia (que nao me lembro mais qual), depois que Daniel terminou de trabalhar às 17h. mais ou menos (sim é verdade! Ele ainda está trabalhando com seus "freelas" do Brasil "en la computadora de acá"), resolvemos dar aquele pulinho no cemitério da Recoleta e em seus arredores. Como aqui anoitece só depois das 20:45h. era muito cedo ainda.

Nós já tínhamos ido à Recoleta umas duas vezes à noite, para jantar e coisa e tal, mas ainda nao tínhamos caminhado por suas lindas ruas.

Fazer tour em cemitério, realmente é uma coisa muito esquisita pra gente que é do Brasil, mas aqui, esse cemitério da Recoleta é um dos maiores pontos turísticos da cidade, creio eu, pelo fato de Evita Perón e tantos outros porteños famosos terem sido enterrados nele. Mas pensando cá com meus botoes, meu querido concunhado Valdiro, que é de Mucugê, na Chapada Diamantina, há de concordar comigo que uma das grandes atracoes da sua terra é o cemitério bizantino da cidade (lindíssimo, por sinal).

Bem...chegamos no cemitério faltando uns 15 minutos pra fechar e com a bateria da câmera quase acabando (hehehhehehe), com um mapa na mao, deu pra ver tudo o que nos interessava e ainda conseguimos tirar algumas belas fotos. Conclusao: o cemitério é bem legal, parece um labirinto, tem belíssimos monumentos em seus antigos túmulos, mausoléus (sei lá como se chama), só que nao necessita de mais de meia hora pra conhecer tudo ( afinal, é um cemitério e nao um museu), mas valeu muito, é bem interessante. Destaque para o túmulo da família Paz (onde jaz o criador do jornal La Prensa) e para o túmulo de Eva Perón (embora seja mais modesto do que tantos outros que têm lá, vale pela importância da digníssima "defunta").

Depois de saírmos, comprarmos pilhas, sentamos um pouco na lindíssima praca em frente ao cemitério e fomos para o Centro Cultural da Recoleta, que fica ao lado. Lá sao expostas as obras de artistas plásticos contemporâneos. Muitas instalacoes e afins...coisas interessantes e curiosas, que me fez lembrar de amigos artistas baianos, como Iêda Oliveira e tantos outros. "Bueno"!

Tomamos um café no famoso Café Biela, que fora frequentado por corredores de fórmula 1, em seu início. Biela nomeia uma peca de carro, que nao me pergunte qual é, porque eu sou péssima em mecânica.

E aí seguimos para o ponto alto do dia. A livraria El Ateneo (cruzamento da av sata fé, com av. Callao). Ali, ficamos por horas e só saímos quando a livraria já estava pra fechar. É um antigo teatro, ou casa de espetáculo, que conserva até hoje a mesma estrutura. Hoje, os antigos camarotes viraram sala de leitura. Foi lá onde Gardel fez suas primeiras gravacoes. Lindo demais! Meu amigo argentino Gonzalo, já tinha comentado aqui no Blog e recomendado. Vale a recomendacao dele e também a minha. Imperdível! Daniel comprou dois livros de cinema e um de poesia, e eu, dois de Direito, para praticarmos o espanhol quando voltarmos ao Brasil.

                                                               Em frente ao cemitério



                                                                Túmulo da família Paz
                                                               Túmulo de Evita
                                                                Em frente ao cemitério




                                                          Centro Cultural da Recoleta

                                        Livraria El Ateneo - comemorando 10 anos de existência.