terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Vamos a aprender Español

Ontem comecamos o curso de Espanhol na Escola Expanish. É uma escola de americanos aqui em Buenos Aires, mas nao ouvimos nada de inglês por lá. Só espanhol. O curso fica bem pertinho do apartamento, apenas a três quadras. É bom, porque podemos acordar mais tarde um pouquinho. As aulas comecam as nove horas e terminam 1 da tarde.

Daniel ficou em uma classe mais avancada que a minha (nao sei porque, hehehhehe), pra gente está sendo bom, porque quando chegamos em casa trocamos informacoes diferentes do que aprendemos. Eu pensei em trocar de classe, mas acho que vou ficar na que estou mesmo, porque a minha professora, Mariel, é muito boa e a conversa flui de uma maneira satisfatória. Como eu nunca havia feito curso algum de espanhol, aprender os números, o alfabeto, e a gramática inicial até que está sendo bom. Minha turma tem sete pessoas, acho que é a maior turma, sendo que quatro sao brasileiras.

A sensacao de ainda ter muitos dias pela frente por aqui, para nós é muito boa, porque  podemos caminhar pelas ruas despretensiosamente, sem a necessidade de conhecer tudo de uma vez só. Aproveitamos muito os cafés daqui (tem um em cada esquina), tomamos um cafezinho, comemos medialunas (tipo um croissant), e empanadas, lendo o jornal do dia. Hoje, além de trocar dinheiro no banco Piano ( 1 real = 2,35 pesos), caminhamos pela famosa avenida de Mayo de ponta a ponta, sentamos pra ver o por do sol em frente a casa rosada, na Plaza de Mayo, admirando as construcoes históricas (Evita nao quis sair na sacada para cantar: "non llores por mí Argentina"). Depois seguimos para a plaza del Congresso, na outra ponta da avenida de mayo, onde vimos criancas brincando, pessoas passeando com seu cachorros ( e como tem cachorro nessa terra!). Nao tiramos fotos, porque esqueci o cartao de memoria no apartamento.

Estamos assistindo bastante televisao para absorvermos melhor o vocabulário. Ontem as manchetes no jornal da TV eram: GOLPE DE BOQUETEROS EN EL BANCO DE LA PROVINCIA.  É claro que morremos de rir, mas o negócio foi sério. Boqueteros, pelo que entemos sao ladroes que fazem "boquetes" (buracos nas paredes, com túneis). As pessoas guardam seus pertences de valor (dinheiro, joias) no banco, em locais como cofres, e com esse assalto todo mundo que tinha dinheiro nesse banco foi para a porta dele, desesperados! Me parece que no banco, eles nao têm controle algum do que as pessoas colocam nos cofres, entao ressarcir as pessoas torna-se uma tarefa quase que impossível, pois nao tem como provar. Muito doido! Para variar, fizeram uma manifestacao de protesto, fechando a rua (aqui é muito comum manifestacoes desse tipo).

Amanha, acho que vamos dar um pulinho na Recoleta, pois ouvir dizer que o museu do Malba tem entrada gratuita quarta-feira, mas isso é assunto para outro post.

PS: o teclado daqui nao tem nem "til", nem "cê cedilha", por outro lado, tem uma tecla com "N com til"

Saludos,

Aline

2 comentários:

  1. LA RECOLETA

    Jorge Luis Borges


    Convencidos de caducidad
    por tantas nobles certidumbres del polvo,
    nos demoramos y bajamos la voz
    entre las lentas filas de panteones,
    cuya retórica de sombra y de mármol
    promete o prefigura la deseable
    dignidad de haber muerto.
    Bellos son los sepulcros,
    el desnudo latín y las trabadas fechas fatales,
    la conjunción del mármol y de la flor
    y las plazuelas con frescura de patio
    y los muchos ayeres de a historia
    hoy detenida y única.
    Equivocamos esa paz con la muerte
    y creemos anhelar nuestro fin
    y anhelamos el sueño y la indiferencia.
    Vibrante en las espadas y en la pasión
    y dormida en la hiedra,
    sólo la vida existe.
    El espacio y el tiempo son normas suyas,
    son instrumentos mágicos del alma,
    y cuando ésta se apague,
    se apagarán con ella el espacio, el tiempo y la muerte,
    como al cesar la luz
    caduca el simulacro de los espejos
    que ya la tarde fue apagando.
    Sombra benigna de los árboles,
    viento con pájaros que sobre las ramas ondea,
    alma que se dispersa entre otras almas,
    fuera un milagro que alguna vez dejaran de ser,
    milagro incomprensible,
    aunque su imaginaria repetición
    infame con horror nuestros días.
    Estas cosas pensé en la Recoleta,
    en el lugar de mi ceniza.

    ResponderExcluir
  2. Muito cachorro, né amiga? Eu acho que é por isso que todo gaúcho tem um também. Bjsss

    ResponderExcluir